Quaest: Reprovação do mercado ao governo Lula dispara em 2024

Avaliação negativa ao governo do petista subiu 12 pontos desde novembro do ano passado

Publicado em 20 de março de 2024, 12:31
Lula Foto: Ricardo Stuckert/PR
Lula Foto: Ricardo Stuckert/PR

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O índice de reprovação do mercado financeiro ao governo Lula (PT) disparou no início deste ano, de acordo com uma pesquisa divulgada pela Genial/Quaest nesta quarta-feira (20). Conforme o levantamento, a percepção negativa sobre a gestão petista aumentou 12 pontos percentuais na comparação com novembro do ano passado, quando tinha sido feita a pesquisa anterior.

No último levantamento, o percentual de avaliação negativa do governo estava em 52%. Já na pesquisa divulgada nesta quarta, o índice aumentou para 64%. Ainda de acordo com os dados da Genial/Quaest, 71% dos entrevistados avaliaram que a política econômica do país está no rumo errado.

Questionados sobre o que consideram o maior risco do governo Lula, os profissionais da área econômica elencaram como principal ponto o intervencionismo na economia, opção escolhida por 50% dos entrevistados. Em segundo lugar, apareceu o estouro da meta fiscal, com 23%; seguido pela perda de popularidade do presidente, com 19%.

Os especialistas em economia também foram ouvidos sobre os fatos recentes envolvendo a Petrobras e a Vale. A decisão da petroleira de não pagar dividendos extraordinários aos investidores foi uma decisão errada para 97% dos entrevistados, e terá reflexo negativo na Bolsa de Valores para 85%.

Já sobre a Vale, 89% dos entrevistados avaliaram que uma possível interferência do governo na escolha do futuro CEO da empresa poderia afetar os investimentos estrangeiros no Brasil. Para 57%, as declarações de Lula sobre as duas companhias os fizeram mudar sua carteira de investimentos.

A pesquisa foi realizada a partir de 101 entrevistas com gestores, economistas, analistas e tomadores de decisão das maiores casas de investimento do Rio de Janeiro e de São Paulo, entre os dias 14 e 19 de março. As entrevistas foram feitas online, por intermédio da aplicação de questionários estruturados.

Por: Paulo Moura

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