Durante o debate entre Elon Musk, dono do X (antigo Twitter), e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, as críticas à Corte foram maioria.
Segundo pesquisa Quaest, divulgada nesta terça-feira (9), as menções negativas contra o Supremo nas redes foram 68% no período entre 0h de domingo e as 13h desta terça (9). Já 32% das menções foram críticas a Musk.
A média de menções por dia foi de 865 mil, com alcance de 72 milhões.
Fora do X, as críticas a Moraes e ao STF também foram predominantes, com 63%. As falas contra Musk ficaram em 37%.
Segundo análise da Quaest, o principal aguamento dos apoiadores de Musk “é a defesa da liberdade de expressão e combate à censura”.
Já os críticos do empresário, denunciam sua “interferência na soberania brasileira” e afirmam “ser uma estratégia da extrema direita para facilitar a propagação de fake news”.
Entenda o caso
Nos últimos dias, Elon Musk fez uma série de postagens contra Alexandre de Moraes cujas medidas podem ter como desfecho a proibição do X no Brasil.
O empresário pede a renúncia ou impeachment do magistrado sob alegação que as exigências de Moraes para a plataforma “violam a legislação brasileira”.
No sábado (6), Musk anunciou que liberaria contas na rede social que haviam sido bloqueadas por decisões judiciais.
Esta decisão pode beneficiar uma série de influenciadores e expoentes do bolsonarismo que estão com seus perfis suspensos.
Musk alega que as “multas pesadas” aplicadas pelo ministro estão fazendo a rede social perder receitas no Brasil. Por esse motivo, o dono da Tesla ameaça fechar o escritório do X no país.
No domingo (7), o empresário afirmou ainda que a companhia publicará, em breve, tudo que é exigido pelo ministro e provar como os pedidos desrespeitam a legislação do Brasil. “Este juiz traiu descaradamente e repetidamente a constituição e o povo do Brasil. Ele deveria renunciar ou sofrer impeachment”, escreveu.
Moraes, por sua vez, incluiu o dono do X como investigado no inquérito das fake news e mandou abrir uma investigação para apurar as condutas do bilionário no possível cometimento de delitos como obstrução de Justiça ou incitação ao crime.
O magistrado ainda rejeitou o pedido do X no Brasil para que a responsabilidade sobre determinações judiciais recaia sobre a empresa X internacional.