Após o anúncio de que o Ministério da Cultura liberará cerca de 1 bilhão de reais para projetos da Lei Rouanet – Lei Federal de Incentivo à Cultura, a ministra Margareth Menezes publicou nesta quinta-feira (19/01) no Diário Oficial da União uma lista com 457 autorizações de projetos culturais autorizados a captar as verbas junto às empresas.
Desses projetos, artistas sertanejos – que no ano passado entraram em uma polêmica por criticar a Rouanet ao mesmo tempo em que captavam verba pública e eventos culturais ligados ao universo do agronegócio aparecem na lista de projetos autorizados.
Rayan Barreto, cantor de Goiânia, Goiás, conseguiu autorização de R$ 199 mil para gravação de um DVD ao vivo com duração de 45 minutos. Segundo o projeto, o objetivo é divulgar o show por meio de canal do artista em plataforma digital.
Outro que também poderá fazer o uso da lei é Gabriel Valim, de Sombrio, interior de Santa Catarina, o músico foi autorizado a obter R$ 497 mil para a realização de uma turnê de música instrumental de raiz pelo sul do país com shows totalmente gratuitos.
Outros dois projetos também aparecem na portaria publicada pela Cultura. O primeiro é o A Magia é Real 2023 – O Natal do Agronegócio, de Ourinhos, interior de São Paulo que vai poder captar R$ 439 mil. Já o segundo é o Vida Caipira – A Música da Roça para o Mundo, de São Joaquim da Barra, interior de São Paulo, que foi autorizado a obter R$ 499 mil.
Vale destacar, que no ano passado o cantor Zé Neto, da dupla sertaneja Zé Neto e Cristiano, fez um discurso raivoso em um show na cidade de Sorriso, interior do Mato Grosso que criticava o uso da Lei Rouanet. Durante o governo Bolsonaro, boa parte dos artistas sertanejos apoiou o presidente da República e se juntou na cruzada do ex-mandatário contra o uso da lei criada por Sérgio Paulo Rouanet, Secretário de Cultura da Presidência da República da gestão Collor em 1991.