Após recorde, dólar se aproxima dos R$ 6 com anúncios de Haddad

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Publicado em 28 de novembro de 2024, 12:13 |
Modificada em 28 de novembro de 2024, 12:13
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Alta ocorre em meio a temor de investidores com impactos causados pelo aumento da isenção do Imposto de Renda

Após registrar valor de fechamento com recorde histórico nesta quarta-feira (27), quando encerrou o pregão cotado a R$ 5,91, o dólar segue em tendência de alta nesta quinta (28). Por volta das 9h, a moeda americana alcançou a marca inédita de R$ 5,99.

O aumento acontece após investidores reagirem negativamente à coletiva do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em especial à proposta do governo de ampliar a faixa de isenção do Imposto de Renda (IR) para quem ganha até R$ 5 mil, que deve comprometer o arcabouço fiscal, mesmo com a adoção das medidas de contenção de despesas anunciadas, segundo especialistas.

De acordo com Haddad, o impacto das medidas de cortes de gastos é de R$ 30 bilhões em 2025 e de R$ 40 bilhões em 2026, conforme já era esperado pelo mercado. A correção do salário mínimo terá reajuste na regra do arcabouço, entre 0,6% e 2,5%. Como forma de compensar a perda de receita com a medida, o governo anunciou maior taxação dos que ganham acima de R$ 50 mil.

O envio do projeto de lei sobre IR, no entanto, deve ficar para 2025. A medida deve beneficiar com isenção quem ganha até R$ 5 mil e redução para quem ganha entre R$ 5 mil a R$ 7,5 mil. Já a taxação de renda mais alta será progressiva para quem tem renda total acima de R$ 50 mil por mês.

Segundo a Warren Investimentos, porém, as medidas são insuficientes para o equilíbrio fiscal, que calcula um custo de ao menos R$ 45,8 bilhões com o aumento da faixa de isenção do IR. De acordo com a consultora econômica Tendências, isentar quem ganha até R$ 5 mil deixaria apenas 15% da população na base de cobrança do Imposto de Renda.

Por: AE

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