AstraZeneca admite que há efeito colateral raro em vacina da Covid
Informação foi fornecida por laboratório em ação movida por pessoas que desenvolveram trombose
Publicado em 30 de abril de 2024, às 12h:34
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Pela primeira vez, a farmacêutica AstraZeneca admitiu à Justiça que há a ocorrência de um “efeito colateral raro” na vacina produzida pelo laboratório contra a Covid-19. O dado consta em uma ação coletiva apresentada por pessoas que desenvolveram trombose após serem vacinadas na Inglaterra. Ao todo, 51 famílias pedem uma indenização de cerca de R$ 700 milhões.

Em documentos anexados ao processo, a empresa disse que o imunizante contra a Covid-19 “pode, em casos muito raros, causar síndrome de trombose com trombocitopenia (TTS)”, quadro que é caracterizado pela formação de coágulos de sangue, o que aumenta os riscos de entupimento de veias e artérias.

No Brasil, a vacina da AstraZeneca foi produzida em consórcio com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e aplicada em 153 milhões de pessoas, principalmente entre os anos de 2021 e 2022. Em nota emitida em abril do ano passado, o Ministério da Saúde defendeu o imunizante.

– Desde dezembro de 2022, essa vacina é indicada para pessoas a partir de 40 anos, de acordo com as evidências científicas mais recentes – declarou.

Na ocasião, a pasta afirmou também que “os eventos adversos, inerentes a qualquer medicamento ou imunizante, são raros e ocorrem, em média, um a cada 100 mil doses aplicadas, apresentando risco significantemente inferior ao de complicações causadas pela infecção da Covid-19”.

Por: Paulo Moura

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